sexta-feira, 29 de abril de 2011

Desígnio de Deus ou mera omissão humana?

- Lá vem esse cara chato querer dizer que a culpa é da administração, quer ver?
É, meus amigos, dessa vez não posso nem dizer que a culpa seja da "administração", pois estaria incorrendo numa falta muito grave, não com a pessoa em si, mas com a própria grafia, afinal, este termo, na atual conjuntura, não deixa de ser apenas um objeto figurado, um sujeito oculto, talvez, pois sabemos que subsiste a ele alguém, mas quem? A quem poderíamos atribuir a culpa do desleixo que impera em nosso município? Àquele que alguns chamam de patrão, de "prefeito", ou àqueles que, mesmo sabendo de suas responsabilidades, as ignoram, brincando com  a vida das pessoas? Quem de fato é o culpado? Seria "Deus"? Ou seria a própria população, que brinca de sadomasoquismo, de ser, no português popular: "mulher de malandro"? O certo é que se tivéssemos representantes preocupados com a vida das pessoas, sem dúvida não teríamos como evitar que as chuvas caíssem, mas poderíamos ter evitado que o problema tomasse a proporção que tomou. Desde quando se fala ser proibido construir casa à beira do igarapé? O que as administrações anteriores e a atual fizeram para evitar isso? Desde quando se fala no desmatamento voraz que vem ocorrendo às margens do nosso velho rio Irituia e que o está assoreando perigosamente? O que já se fez para evitar isso? NADA!!! Essas coisas não dão voto, pelo contrário, tiram, já que causam antipatia junto à população, e isso é o que menos se quer, afinal, um voto é um voto, e de grão em grão a galinha enche o papo, não é isso?
Difícil olhar para essas cenas melancólicas que vêm se banalizando em nosso meio e não atribuir suas causas, por menor que sejam, à completa omissão de nossos governantes (falo dos nossos, não somente do nosso, pois um governo não está restrito apenas ao Executivo), já que um mínimo de sensatez e vontade política ensejariam em medidas preventivas, como proibição de construções às margens dos igarapés; limpeza periódica dos cursos d'água; replantio de árvores; remanejamento urgente das famílias que habitam esses locais insalubres, campanhas educativas, etc. Mas para que isso se tornasse realidade, ter-se-ia que fazer uma revolução em Irituia, pois demandariam recursos, planejamento, organização, e aí está o grande problema, já que essas coisas parecem ser insignificantes pra quem exerce o poder neste município, e, afinal, o povo não deixa de ser, para eles, apenas um mero detalhe, um detalhe que não vale a pena se "perder" tempo, a não ser em período de campanha. Até quando teremos força para aguentar tamanho descaso?   

 Rua Cel. João Câncio, próximo do Igarapé-Grande
 idem
 Igarapé-Grande
 idem
 condição das casas na Passagem Alegre
 Passagem Alegre, próximo da área de captação do sistema de abastecimento de água da cidade
 bomba d'água do sistema de abastecimento da cidade
 Final da Rua 29 de Dezembro
PA 253, passando a ponte, no bairro da Vila Nova

quinta-feira, 28 de abril de 2011

As razões do protesto no Km 14



Interdição da PA 253

Quem não mora em Irituia com certeza não entendeu o motivo da interdição da PA 253 pelos moradores do Km 14, já que desconhecem o estado de total abandono em que vive nosso município. Os problemas por aqui se avolumam sem que ninguém tome providências para tentar solucioná-los, apenas, como sempre, aquelas velhas promessas que nunca se realizam. Mas como tudo tem um limite, a madrugada chuvosa e a insalubre condição daquelas pessoas foram o motivo encorajador para que saíssem do mero discurso à prática, culminando no fechamento da rodovia, por entenderem que somente daquela forma conseguiriam sensibilizar os homens do poder para o grave problema que os estava incomodando. Espera-se que a solução proposta pelo representante do poder público não seja mero paliativo.       






Alagamento no Km 14

Depois de uma noite inteira de chuva, o Km 14 amanheceu completamente tomado de água. Muitas eram as casas onde as famílias tiveram que suspender seus móveis para não perdê-los. Além desse tipo de prejuízo, também advêm as doenças trazidas pelas águas contaminadas, já que inexiste sistema de drenagem e as casas não são servidas de fossas, sendo o destino dos dejetos a própria rua.
Segundo os moradores do local, há anos que esse problema vem se repetindo sem que nenhuma autoridade tenha tomado qualquer tipo de providência. Não mais suportando a situação, um grupo de corajosos moradores resolveu interditar a principal via de acesso à cidade, a PA 253. Fiquemos primeiro com as fotos do alagamento.












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